Não vou poder ir à Madeira, e até seria um bom pretexto, mas o pessoal do Grupo Versalhes tem muito gosto em divulgar a iniciativa deste convite:
O dia de hoje foi animado, o meu e-mail foi inundado com sugestões para posts. Escolhemos um sobre o artigo de opinião de Ricardo Pais publicado ontem no jornal Público, até porque o Esaú tratou da logística necessária: aqui . Pronto, está bem, gostei de ler:
«No que respeita aos teatros nacionais, a "excepção Porto" surgiu da reflexão desenvolvida no interior do Ministério da Cultura, reflexão que foi maturadamente versada nas leis orgânicas de 1997, ainda hoje as únicas que se revelam doutrinárias e coerentes». Pode ver o diploma orgânico referido, do TNSJ, aqui. E também foi agradável dar uma olhadela por este diploma, onde, por exemplo, se pode ver no preâmbulo:
«O TNSJ nasce, assim, da constatação da necessidade do estabelecimento de dois grandes pólos de produção teatral do Estado sob a forma de teatros nacionais, em Lisboa e Porto, respectivamente, cada um com um projecto e uma personalidade artística próprios, mas ambos instrumentos de uma política integrada de desenvolvimento do tecido teatral português, em articulação com os programas já existentes no Ministério da Cultura para o apoio à actividade teatral de iniciativa não governamental e à criação de uma rede nacional de salas».
O que mais me apetece sublinhar é que havia uma correspondência, verificável, entre o que se passave no terreno e o que era legislado. Aliás, muitas das vezes o que acontecia era isso, fixava-se em diploma o que já tinha mostrado que era adequado no concreto. Eu falo assim porque «vivi» aqueles tempos.
Comecei este dia, 29 de Novembro de 2010, com um amigo a alertar-me para dois trabalhos do jornal Público que tinha visto na internet (depois verifiquei que também estava na edição impressa) e perguntando se eu sabia se ainda havia Director-Geral das Artes, e mesmo Ministra. E frisava, repara-me neste titulo:
Entrevista a João Aidos
«há uma falta de estratégia política do primeiro ministro na área da cultura»
(João Aidos é o Director da Direcção Geral das Artes).
No meu tempo, dizia o meu amigo, por menos, apresentava-se a demissão ou era-se demitido. Veja aqui. a entrevista em formatao curto e aqui em longo.
O outro caso que o estava a impressionar tinha a ver com uma entrevista que a Ministra da Cultura terá dado ao Jornal de Notícias a que o Público se referia, onde a Ministra diz:
« Comecei o mandato cheia de expectativa de que estavam criadas as condições para consolidarmos o nosso tecido cultural. Esperava uma legislativa serena. A verdade é que, dois ou três meses de depois, caiu-nos esta hecatombe no colo”. Aqui.
Tempos fuscos estes, como diria um velho militante comunista que conheci.
Em tempo: à hora esta «entrada», já noite, não me consta que tenha havido qualquer demissão. M a s q u e m é q u e q u e r s a b e r d a c u l t u r a , d i r á o m e u a m i g o . C o m a l g u m a a m a r g u r a .
Eu julgava que já não se fazima filmes destes. Vá a correr ver. Se não gostar com a mesma intensidade com que eu gostei não se aceitam reclamações. E o George Clooney um espanto.
Em primeiro lugar queremos responder a quem nos tem perguntado onde adquirir este livro:
informe-se aqui
Depois, queremos chamar a atenção, precisamente, para a Associação que editou o livro, é esta:
que recentemente assegurou um Congresso sobre o estado do Teatro em Portugal, que teve lugar em Viana do Castelo, e quem esteve presente diz-me que correu muito bem. E homenageou-se Mário Barradas.
E quando tiver mais informações sobre o congresso haverá certamente oportunidade para o relatarmos neste blogue.
P.S - entretanto, o Esaú (que com a Lena estão de partida, em cruzeiro, para o Brasil) ja me fez chegar o livro onde estão as intervenções havidas no Congresso que vou ler e depois dizer aqui de minha justiça. Prometi, e quando prometo cumpro.
E cá estamos na «ressaca da greve». Foi notória a adesão. Pela minha parte conheci pessoas que fizeram greve pela primeira vez. Mas noto uma atmosfera demasiado triste em volta da revolta. Há desencanto, estranheza, que se resumem por vezes na pergunta: e agora?
Bom, agora e aqui, lembrei-me de divulgar isto:
2009 UNESCO Framework for Cultural Statistics - FCS
Reparei na linguagem e no que se privilegia e observa: Impacto Económico e o Impacto Social. Eu continuo a insistir na minha: e o impacto Cultural? Não devia estar no centro, com existência própria?
Serão Efeitos colaterais da GREVE? é que voltamos a ter o «QUE DIZ O PIVÔ»! Confira.
eu também faço
Ontem, num ginásio que frequento, «há séculos», - por sinal excelente, é o Ginásio Clube Português, e como eu gostava que todos que o desejassem o pudessem utilizar ou outro equivalente - não pude deixar de reparar nas legendas que iam aparecendo no rodapé das televisões que estão incorporadas nos equipamentos. A situação é propicia a ocorrerem-nos ideias «exóticas», e foi assim que pensei num conceito possível: «Política Patchwork». A coisa era estranha, e não conseguia perceber em que contexto aparecia aquilo, mas de repente eu lia frases, que depois encontrei e ampliei com outros orgãos de comunicação social, sem continuar a perceber muito bem a origem e muito menos a razão do acontecimento, frases como estas:
- «corte de 23% no apoio às artes é inevitável»
- «Gabriela Canavilhas sublinhou que "mesmo que o valor dos apoios às artes quadruplicasse, seria sempre pouco porque é importante um investimento sério nesta área"»
- «Gabriele Canavilhas promete mais atenção ao livro»
- «O que nos falta é dimensão, massa crítica»
- «falta-nos visão estratégica»
- «relativamente à cópia legal tem sido difícil chegar a um consenso»
- «A governante defendeu “uma política mais agressiva de colocação dos nossos autores no mercado internacional”.
- «A ministra defendeu como prioritário a lei das bibliotecas»
- «está mais do que na altura de o fazer" é a revisão da Lei do Depósito Legal"»
- «é preciso uma estratégia preventiva» (parece que é no património)
No afã de tentar saber o que se passava, que revolução se estaria a operar na cultura sem eu dar por isso, andei de site para site, e fui encontrando mais frases, por exemplo:
- «A ministra anunciou que prepara, com o Ministério da Economia e o Instituto Camões, uma estratégia de captação de fundos comunitários através do QREN.» Não inventei, como pode confirmar aqui.
- «A ministra, que também de uma forma inédita se reuniu pessoalmente, no dia 8 de Novembro, com 400 representantes das plataformas e outras estruturas, reconheceu: "Quem é que gosta que lhe digam: vamos tirar 23 por cento àquilo que estão à espera de receber? Ninguém gosta."»
Tudo conjugado, e encaixado, em jeito de patchwork, parece que a fonte principal deste arrazoado estará numa entrevista que a Ministra deu à LUSA. Quem souber dela, por favor, faça chegá-la a este modesto blogue. Certamente que haverá uma razão, uma lógica interna, e um sentido público.
Depois disto tudo:
- A minha ideia de «Política Patchwork» tem pernas para andar;
- Depois, então não é que parece que se podem captar fundos no QREN! e porque não para os Apoios às Artes como eu ando aqui a clamar!
Por fim, não posso deixar de comentar a «forma inédita» da reunião. Desde quando? Ah! a falta de memória na Cultura e nas Artes!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. DIA INTERNACIONAL DAS MUL...
. EM MEMÓRIA DE VICTOR BELÉ...
. NUM DISCURSO DE MIA COUTO...
. CAPITAIS EUROPEIAS DA CUL...
. NO 1.º DE MAIO | «Insulta...
. Endereços ASSOCIADOS
. Contas TWITTER
. Sítios ARTES
. Sítios INSTITUCIONAIS
. Comissão ÉTICA, SOCIEDADE E CULTURA
. COMPENDIUM - Cultural Policies and Trends in Europe
. National Endowment for the Arts
. Sítios REDES E PLATAFORMAS
. Sítios AO SERVIÇO DAS ARTES
. «MINISTÉRIOS CULTURA»
. Ministerio de Cultura - ESPANHA
. UK - «Department for Culture, Media and Sport»
. CARTAZES MADEIRA LUÍS
. MOVIMENTOS
. Blogue 100 + 1 intelectuais contra o PEC
. Assinatura Tomada Posição «100 + 1»
. ESCREVEM SOBRE ARTES
. DIVERSOS
. ONDA