O Verão também tem destas coisas, sabermos de notícias tarde, e a que acabo de ter conhecimento é triste: morreu Orlando Worm. Sobre o seu papel nas artes no nosso País, o que Luis Miguel Cintra diz aqui é tão completo e bonito que, do meu ponto de vista, pode ser adoptado por quem se queira associar à homenagem que é o meu caso. Eu conhecia Orlando Worm naturalmente, como qualquer pessoa que está atenta ao meio, mas tive o privilégio de trabalhar com ele entre os anos 1995-1997 na Comissão de Recepção da Obra do Teatro Nacional de S. João do Porto, e lembro-me das correrias para apanharmos o Alfa - ele achava que havia sempre tempo, e eu que estavamos sempre atrasados - que por vezes demorava a chegar ao destino longas horas para lá do previsto, por causa das obras da Expo ou por qualquer outra razão, e quando chegávamos com frequência era o «drama» de sabermos onde ir comer. E rimos de madrugada pelas ruas do Porto em noites gélidas. E quantas conversas não tivemos naquelas viagens! A Comissão, que eu coordenava, fez o trabalho que era suposto fazer em tempo record, e para isso muito contribuiu a sabedoria de Orlando Worm . Quantas vezes não foi o seu olhar sereno que fornecia aos restantes membros da equipa a energia e o equilibrio para equacionarmos toda aquela confusão que o primeiro governo de António Guterres herdou. E lembro-me que numa coisa todos estavamos empenhados: um Teatro não existia para se consumir em actividades daquelas, e sem prejuizo de se continuarem os trabalhos, o importante era abrir o Teatro ao público o mais rápido possível. E foi o que aconteceu em pouco tempo, perante a surpresa de muitos. E abriu-se com um belo espectáculo da Cornucópia: Um Auto de Gil VIcente de Almeida Garrett. E houve um «pequeno» percalço na estreia: a energia foi-se abaixo. E foi o Orlando que nos acalmou. E tudo recomeçou, e tudo foi acontecendo muito bem. Foi o início de um belo período do Teatro Nacional de São João para o qual, neste ambiente e em boa hora, se designou como director Ricardo Pais que aliás fazia parte da dita Comissão de Recepção. À distância: que belos tempos! Acho que o Orlando Worm não desgostaria de se lembrar deste pequeno episódio profissional da sua vida. Tão cheia!
QUE DIAS TÃO CHEIOS!: é isso que sinto neste quente e por isso maravilhoso mês ainda que estejamos em Crise. E desde sempre, aquela sensação, logo em Agosto, de que o Verão é que é a Estação.
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