GRUPO VERSALHES

Este post também tem espaço aqui no Grupo Versalhes. Em particular: o que me dizes a isto, António?

Do Diário de Notícias de 8 de Outubro último, e do Jornal online Campeão das provincias, dois excertos de duas notícias sobre  Teatro Rivoli e a Orquestra Clássica do Centro:  

 Teatro Rivoli

 « Bloco de Esquerda questionou o Ministério do Trabalho e da solidariedade Social, o Ministério da Cultura e a Câmara Municipal do Porto sobre a situação no Rivoli.  
 Em causa está a ausência de programação para o principal teatro municipal da cidade e a existência de salários em atraso a actores e técnicos. O objectivo é exigir "consequências" para os "incumprimentos" da empresa privada Todos ao Palco que gere o espaço. Estas questões surgem na sequência de uma reunião da Assembleia Municipal realizada na semana passada, durante a qual o presidente da autarquia, Rui Rio assumiu a existência de problemas no Rivoli, e não garantiu a continuidade do contrato com a Todos ao Palco, explicou ao DN Catarina Martins, deputada do Bloco.   

 A notícia adianta também que «O PCP do Porto denunciou, a 23 de Setembro, a existência de salários em atraso da Todos ao Palco, que gere o teatro Rivoli, em cuja sala principal "não são apresentados espectáculos desde Julho".»

 Orquestra Clássica do Centro

    PSD: Deputados eleitos por Coimbra interpelam Governo sobre OCC 

 «(...)  Após inteirar-se do trabalho e das dificuldades orçamentais da instituição que está prestes a completar uma década de existência, o grupo social-democrata comprometeu-se a interpelar a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, no âmbito do debate do Orçamento de Estado de 2011, sobre esta situação. Em cima da mesa está ainda a hipótese de os deputados social-democratas à Assembleia da República colocarem uma pergunta ao Governo ou fazerem um requerimento manifestando a sua incompreensão sobre o que consideram ser uma “injustiça”.» 
 As notícias são  sobre dois casos concretos, e sem se substimarem as duas situações, levam-nos para aquilo que consideramos ser o problema de fundo: uma REDE NACIONAL DE ARTES que desde já poderia querer apenas ambicionar ser como as outras redes que já vamos tendo, por exemplo, dos Museus e das Bibliotecas. E para edificar essa rede devia  contar-se com o QREN, e enxertá-la no que existe no terreno e nas intervenções passadas do Ministério da Cultura, dando-se assim escala, largueza, ao que de forma desgarrada vai acointecendo.  E valor ao que de bom existe. E existe.

   

HORÁCIO de Corneille - Évora - Julho de 1985 - Mário Barradas: actor e encenador

Fotos de Luís Varela 

 De 12 a 13 de Novembro em Viana do Castelo vai realizar-se um Congresso sobre Teatro com os seguintes objectivos:

• Fomentar o debate e a reflexão à volta da importância do Teatro na sociedade actual;
• Analisar os modelos de gestão teatral adoptados a nível municipal e nacional;
• Debater a formação teatral em Portugal e o papel do teatro no espaço educativo formal, não formal e informal;
• Reflectir sobre a produção teatral e as novas opções e correntes estéticas;
• Projectar a intervenção teatral a partir da sua pluralidade de âmbitos Animação teatral, teatro comunitário, teatro terapêutico...
• Estimular o aparecimento de relações em rede entre actores, encenadores, animadores, produtores e restantes criadores;
• Incrementar o teatro através de projectos de Animação Sócio-cultural onde se valorize a interacção assente na infância, Juventude, Adultos e Terceira Idade;
• Sensibilizar as Instituições públicas e privadas para a importância do Teatro na vida das pessoas;
• Reflectir sobre o estado do teatro no mundo contemporâneo e a sua relação com as outras artes;
• Promover a inovação e o empreendedorismo à volta de projectos de intervenção teatral plasmada por uma acção que valorize a participação das pessoas, a cidadania, o voluntariado, a autonomia e o desenvolvimento social e pessoal do ser Humano;
• Homenagear o Homem e o cidadão do mundo chamado Mário Barradas pelo legado deixado à geração actual e vindoura.

 Destacamos a homenagem a MÁRIO BARRADAS em cima na foto à esquerda.

 Mais.

Eu que tenho feito a maior divulgação de  actividades desenvolvidas a propósito do Centenário da República, nomeadamente das exposições, (pela minha parte já vi três vezes a Viva a República), chamo agora a atenção para esta exposição.   E ontem gostei de ver (por mero acaso na RTP1) Abrunhosa, Rui Veloso, Sérgio Godinho,  Rui Reininho a cantarem o Hino Nacional no encerramento do Espectáculo em que participaram no Porto. Já gostei menos, também pela televisão, na Praça do Município em Lisboa, do espectáculo «Bigodes», com muitos figurantes que acabaram por ser o quase único «povo» que ali estava. Quando eles se foram embora só figuras institucionais e os convidados... Mas por acaso, depois, até fui almoçar com eles ali para o Poço do Bispo, onde antigamente foi a fábrica de Material de Guerra. Sítios que conheço, porque já morei em Marvila. E lá passei pelo Abel Pereira da Fonseca, espaço que adoro, e sem ocupação. E eu já tive um sonho para ali: exposições de património cénico; oficinas de produção teatral; formação; ... Quem sabe, um dia, tudo isto se concretiza, ...       

Depois de ter lido esta notícia pensei:  «Casa roubada, trancas na porta». Ou seja, a gestão da coisa pública não devia ter um acompanhamento e controlo que impedisse chegarmos a situações destas?