Pediram para divulgarmos a iniciativa «UM ABRAÇO AZUL AO TMA» e com emoção e convicção o fazemos: pelo Teatro que se faz em ALMADA e por todo o Teatro. De facto, nos tempos que este texto ,de Joaquim Benite, (elaborado a pretexto do «Abraço»), elege como bons e como referência, garantir uma oferta diversificada de espectáculos estava entre os valores que organizavam a intervenção do Ministério da Cultura na concretização do serviço público que se queria garantir na esfera do Teatro. E aqui no Grupo Versalhes pensa-se que este deve continuar a ser lema a preservar. O nosso défice (quiçá causa que leva a outros défices) é ainda de quantidade, nomeadamente quanto a autores que deviam ser representados nas nossas salas de Teatro, e agora há quem apregoe que já temos muitas. E impõe-se a pergunta: salas para quê? Em particular, nós que somos espectadores do TMA, desde sempre, como de outras companhias, naturalmente que nos sentimos já afectados pelos cortes. Perturbados. Pelos efeitos imediatos e, tão importante quanto isso, pelo simplismo inerente às equaçõs institucionais, ou a falta delas, (para lá do Ministério da Cultura) que se têm ou não realizado sobre os cortes na cultura e, em especial, nos apoios às artes. Falta visão e sonho, que os bons manuais de gestão recomendam. Faz pois todo o sentido que nos sintamos ressentidos e que o manifestemos.
O convite à mobilização:
«Num tempo cinzento, um abraço azul
No Sábado, 11 de Dezembro, às 16h00, a população de Almada, o Clube de Amigos do TMA, e muitos artistas e intelectuais que admiram a actividade desenvolvida pelo Teatro Municipal de Almada vão manifestar publicamente o seu repúdio pelo corte no financiamento por parte do Ministério da Cultura, que vai afectar este verdadeiro Centro Cultural que se tornou não só num emblema de Almada, mas também num ponto de referência nacional e internacional.
Os manifestantes – que deverão trazer uma qualquer peça de vestuário de cor azul – vão, nestes tempos cinzentos, dar um Abraço Azul ao Teatro Azul.
O director do TMA, Encenador Joaquim Benite, e outros oradores farão intervenções públicas sobre a situação que se vive.
Os actores interpretarão canções da peça “A Mãe”, de Brecht, um dos grandes êxitos recentes da Companhia Teatro de Almada.
Fernando Tordo solidariza-se com a Manifestação, fechando a sessão com um concerto especialmente preparado.
De todo o País e de vários pontos do Globo estão a receber-se mensagens de protesto, de apoio e de estímulo.
Apelamos a que todos apelem à mobilização para este acto de protesto e de defesa. Com a força do vosso apoio estamos certos de que o TMA e a cidade de Almada sairão fortalecidos desta crise.»
Nos meus critérios, a notícia seguinte, publicada no Correio da Manhã de ontem, que me fizeram chegar, faz parte daquilo que eu designo por «pequenas grandes notícias»:
Ministra com aficionados
A ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, centrou as homenagens dos aficionados no jantar dos 78 anos do Grupo Tauromáquico Sector 1, em que, anteontem à noite, foram entregues os galardões Prestígio daquela associação. Aos prémios do Sector l, Real Tertúlia.D. Miguel I e Associação Nacional dos Grupos de Forcados, e aos elogios, a ministra respondeu com o reconhecimento das raízes culturais da arte tauromáquica e a ligação entre 'aficion' e afecto.
A reunião foi uma oportunidade para impulsionar o abaixo -assinado pela Festa Brava, iniciativa de Francisco Moita Flores, cujo objectivo é apresentar 100 mil subscritores na Assembleia da República. I.V.
Dizem-me que a notícia é acompanhada por fotografia onde se vê a Senhora Ministra e o Senhor Secretário de Estado a chegarem ao evento.
Ao dar uma volta sobre materiais que podem levar a assuntos que faz sentido tratar neste blogue, encontrei um artigo recente de Fernando Mora Ramos - penso que foi apenas de circulção restrita - intitulado «CORTES CEGOS - 23%». Pode lê-lo aqui. E já de seguida, uma passagem:
«Uma sociedade sem teatro, sem dança, sem música - e sem livros, pois o livro é também um objecto ameaçado por muitas vias e mesmo por aquela via que parece fomentar a sua multiplicação, a do livro star, muitas vezes medíocre mas ocupando todo o terreno – o que será? O que será uma sociedade sem o Luís Miguel Cintra, a revisitação praticada de Pessoa e Camões, e desconhecendo Ibsen, Strindberg, Beckett, Brecht e todos os criadores da nova modernidade sensível, a da descoberta da subjectividade como forma embrionária de uma liberdade nova também, sensível e interior, profunda? O que será mais de que uma regressão à barbárie do analfabetismo e da iliteracia militantes – certa incultura tem expressões violentas e age no lugar da ausência da outra, da cultura do pensamento e do espírito enraizados no quotidiano - num momento em que a cultura dominante é o consumo, actividades que do ponto de vista simbólico criam dependências psicológicas dos altares do fluxo constante do espectáculo das mercadorias no âmbito da absoluta comercialização de todas as esferas do espírito?»
Detenho-me em «O que será uma sociedade sem o Luís Miguel Cintra ?», podendo eu ampliar: o que será uma sociedade sem a Cornucópia? Naquilo que representam por si, autonomamente, e por aquilo que a partir deles também se quer dizer: o que será uma sociedade sem as artes? Artes, artes, e não substitutos.
Quanto ao caso da Cornucópia, o espectáculo em cena - como sempre, não perca - quase que obriga muitos de nós a pensar: o que teria sido a minha vida sem esta gente. Mais pobre de certeza. Na circunstância, é que para além do valor deste último trabalho em si mesmo,FIM DE CITAÇÃO é um brinde suplementar para aqueles que têm seguido o percurso da Companhia ao longo dos anos, porque nos leva a revisitar tantos e tão importantes espectáculos anteriores. Saiba mais. Mas o que eu tenho recebido da Cornucópia está para lá das artes. Explico-me: eu aprendi muito no âmbito da minha formação de base que é no domínio das finanças e da gestão. Ilustro: expressão clara do que é nuclear na organização; trabalhar com uma escala ajustada de actividade; organizar toda a intervenção em torno de uma excelência; a maior rendibilidade do gratuito que conheço; ... Peter Drucker, o respeitado autor, o guru da gestão, talvez mais seguido no último século, muito nos aconselhou a aprendermos com estas organizações. Pela minha parte, com os modestos recursos ao meu alcance, não me cansarei de enaltecer o papel da Cornucópia, e de outros, igualmente importantes nas artes, mas diferentes, no desenvolvimento do nosso País: no passado, no presente, e fundamentalmente para o futuro.
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